O aguardado acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia foi oficialmente anunciado nesta sexta-feira (6), durante a cúpula do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai.
O Brasil desponta como o principal beneficiado pelo acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, de acordo com uma pesquisa do Ipea. Entre 2024 e 2040, a parceria deve impulsionar o PIB brasileiro em 0,46%, superando o impacto projetado para a União Europeia (0,06%) e os demais países do Mercosul (0,2%).
A diretora-geral de Comércio da Comissão Europeia, Sabine Weyand, havia sinalizado na terça-feira, durante uma sessão com deputados europeus, que as discussões estavam avançando em um nível político, indicando a conclusão da fase técnica das negociações.
A presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nas reuniões desta quinta-feira reforçou a expectativa de um desfecho positivo. Ao desembarcar no Uruguai, Von der Leyen declarou que a finalização do acordo histórico entre os dois blocos estava "próxima", antecipando o marco significativo que foi oficializado no dia seguinte.
Além disso, os investimentos estrangeiros no Brasil teriam um incremento significativo de 1,49% em relação ao cenário sem o acordo, segundo o Ipea.
No comércio exterior, a balança comercial brasileira apresentaria um saldo positivo de US$ 302,6 milhões, enquanto o restante do Mercosul teria um ganho de US$ 169,2 milhões. Por outro lado, a União Europeia enfrentaria um déficit de US$ 3,44 bilhões, em função das reduções tarifárias e das concessões de cotas de exportação previstas no tratado.
Quanto às exportações brasileiras, o estudo aponta um crescimento contínuo ao longo dos anos, com um ganho acumulado estimado em US$ 11,6 bilhões até 2040, consolidando o impacto positivo da parceria para o país.
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